sexta-feira, 15 de julho de 2011

Por que Quatro Evangelhos?



Um Resumo pelo Pastor Eduardo Cadete
Embora a crença na inspiração das Santas Escrituras seja um fato aceito e irrefutável entre os verdadeiros salvos, são poucos os que se preocupam em investigar mais a fundo as belezas e também a própria harmonia existente entre os 66 livros que compõem o Velho e o Novo Testamento.
Cremos que o Velho Testamento contém o Novo e o Novo Testamento revela o Velho. Por isso, nas Escrituras, tudo é importante. Nós não podemos ler ou interpretar as Escrituras como faríamos com qualquer outro livro, pois nenhum livro se assemelha às Escrituras.
A sublimidade das Escrituras com relação á outros livros é incomparável, assim como Jesus Cristo (o homem) o é entre os homens.
Neste estudo, não iremos abordar os quatro evangelhos, mas apenas um, o de Marcos. Creio que será o suficiente para instigar aqueles cristãos desejosos de conhecer melhor a Cristo, e as suas virtudes, a garimparem este terreno repleto de pedras preciosas.
Por que quatro evangelhos? Talvez esta pergunta não tenha ocorrido ainda na mente de muitos, porém, espero que nunca o seja por mera incredulidade. O objetivo peculiar de cada um dos evangelhos é raramente percebido, mesmo por aqueles que já estão familiarizados com o conteúdo de cada um deles.
È verdade que cada um dos quatro evangelhos tem muita coisa em comum, pois cada um deles trata com o mesmo período da história, com os milagres de Cristo, sua morte e ressurreição. Porém, embora os quatro evangelistas tenham muito em comum, cada um tem sua própria peculiaridade, e em observar suas diferenças, nuances, é que conseguimos entender o significado e enxergar escopo, apreciando assim as suas diferenças.
Na leitura cuidadosa dos quatro evangelhos logo fica evidente que nenhum deles contém uma biografia completa do ministério terreno de Cristo. Há períodos de Sua vida (Cristo) que nenhum dos evangelistas professa ter coberto. Após o relato de Seu nascimento, nada mais é dito sobre Ele, até atingir a idade de doze anos, aonde um breve relato é feito por Lucas sobre Sua ida ao templo e a sujeição aos pais (Lucas 2:41-52).
Até mesmo com relação ao Seu ministério público, o que temos são fragmentos, pois os evangelistas selecionaram apenas algumas porções de Seus ensinos e detalham apenas uns poucos milagres. Isto fica claro na declaração de João.
João 21:25, “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém.”
Se os evangelhos não são uma Biografia completa de Cristo, o que eles são? A primeira resposta deve ser: Quatro livros inspirados, totalmente inspirados por Deus! Quatro livros escritos por homens movidos pelo Espírito Santo; livros que são verdadeiros e perfeitos.
A segunda resposta seria: Os quatro evangelhos são completos em si mesmos, escritos com distintos propósitos, sendo que tudo o que foi incluído em suas páginas, tanto aquilo que não o foi, fazem parte daquilo para o qual eles foram estritamente subordinados, ou seja, nada de relevante e pertinente ao tema e característica de cada evangelho foi deixado de fora.
¬¬¬¬¬do em sua narrativa serve para ilustrar isto.
Isto explica porque o terceiro evangelho traça a Sua genealogia de volta a Adão, o primeiro homem (ao invés de Abraão, como em Mateus), porque como homem perfeito Ele é visto freqüentemente em oração, e porque os anjos são vistos ministrando para Ele, ao invés de serem comandados por Ele, como visto em Mateus.
Em João, Cristo é revelado como Filho de Deus, e tudo neste quarto evangelho tem a finalidade de ilustrar e demonstrar este relacionamento divino. Isto explica porque na abertura do primeiro versículo nós somos levados de volta a um ponto antes do tempo se iniciar, onde Cristo é retratado como o Verbo “no Princípio”, com Deus e Ele mesmo sendo expressamente declarado ser Deus. Porque nós temos aqui muitos dos seus títulos, como: O Unigênito do Pai, O Cordeiro de Deus, A Luz do Mundo etc.; Porque nos é dito que a oração deve ser feita em seu nome (João 14:13-14); Porque o Espírito Santo seria enviado pelo Filho tanto quanto pelo Pai (João 14:26, 16:7).

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